Transformadores – análise de óleo

O óleo mineral isolante usado em transformadores gera gases que podem provocar falhas no sistema. Com tratamento adequado podemos evitar essas falhas e ainda aumentar a vida útil de transformadores


O óleo mineral isolante utilizado em transformadores está continuamente se deteriorando devido às reações de oxidação. A presença de compostos metálicos, oxigênio, alto teor de água e calor excessivo podem acelerar esse processo. O fenômeno faz com que o óleo mude a sua cor característica (amarelo pálida) e, em um estágio mais avançado, provoque a formação de compostos ácidos e oxidação (precipitação de borra).

O óleo mineral isolante também pode gerar gases durante seu processo de envelhecimento, ou quando ocorrem falhas dentro do equipamento elétrico. As falhas iniciais possuem baixa concentração de gases, portanto, análises periódicas podem evitar danos mais sérios ao equipamento elétrico. Durante esse trabalho deve ser verificada a presença dos seguintes gases: H2 (Hidrogênio), O2 (Oxigênio), N2 (Nitrogênio), CH4 (Metano), CO (Monóxido de Carbono), CO2 (Dióxido de Carbono), C2H4 (Etileno), C2H2 (Etano) e C2H2 (Acetileno). As mudanças nas características no óleo devem ser acompanhadas por análises físico-químicas e cromatográficas periódicas.

Para satisfazer o duplo papel de dielétrico e agente de transferência de calor, o óleo isolante deve possuir certas propriedades básicas. A principal delas é a rigidez dielétrica suficiente para suportar as tensões, assim sua capacidade de circular e transferir calor não é prejudicada. Ele também deve ter boa resistência à oxidação para assegurar uma longa vida útil.

A umidade, o calor e o oxigênio agem degenerando o óleo isolante. A oxidação e a conseqüente formação de borra, criam condições para que o óleo passe a atacar o papel isolante (celulose). Quanto menos oxidado estiver o óleo isolante, mais lento será o processo degenerativo do papel isolante, sendo ideal a inexistência de borra durante toda a vida útil do transformador.

A deterioração do óleo começa após o contato com o equipamento e é influenciada pelos seguintes fatores: presença de oxigênio, temperaturas elevadas, presença de metais e umidade que atuam como catalisadores das reações de oxidação.

Numa fase inicial de oxidação formam-se produtos solúveis no óleo a quente, porém insolúveis no óleo a frio, podendo precipitar-se nas partes mais frias do equipamento.
acessado em 17/03 autor Alexandre Comitti

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